"De Corpo Fechado" é uma expressão comum em rituais religiosos, associada a cultos de origem africana como o vudu ou a macumba. Significa proteger o corpo, dar-lhe imunidade, fortalecê-lo.
O colonialismo é um veneno. De Corpo Fechado é o antídoto.
O colonialismo e a escravatura estão latentes na consciência colectiva. Esta ferida, que se estende ao longo dos séculos afecta não só questões raciais, mas também conceitos de classe, cultura, género e sexualidade. Repensemos este momento histórico. Reconheçamos como ele nos influencia, limita ou corrompe os nossos pensamentos, trazendo toxicidade às nossas relações. É urgente reformular estas normas e enquadrar as novas identidades que emergem.
Este trabalho artístico é uma representação de travessias disciplinares num formato de conferências dançadas onde expressões como a dança, artes visuais (desenho, fotografia e vídeo) e a palavra falada se juntam, criando espaço para a participação activa do público.
Performance held in November 2022, after a week of artistic residency at Mira Artes Performativas, Porto, Portugal.
2022